sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aumento de renda muda motivação do eleitorado na hora do voto

"Com saída de 9,5 milhões de pessoas da indigência e de 18,4 milhões da pobreza entre 2004 e 2008, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os candidatos brasileiros deparam-se com um novo perfil eleitoral no país. Na avaliação de especialistasm ouvidos pela Agênia Brasil, esses eleitores terão preocupações diferentes na hora de votar.
Para o cientista político da Universidade de Brasília, David Fleischer, quem a ntes trocava o voto por um prato de comida nas eleições, poderá agora demonstrar preocupações menos imediatistas. 'Essas pessoas que tiveram uma ascensão social estarão mais preocupadas em preservar algum patrimônio. Elas provavelmente mudaram o lugar de moradia, seus filhos agora estudam, e elas estarão preocupadas com essas coisas', disse.
Na opinião de Fleischer, esses eleitores podem se tornar mais maduros no que se refere a questoes como educação e saúde. Outro reflexo que pode ser sentido, segundo ele, é o de um maior conservadorismo ao analisar as propostas dos candidatos. 'Esse ex-pobre tende tende a estar mais preocupado com questões como segurança pública e invasões de terra, e menos preocupados com os outros que continuam pobres', avalia o cientista político.
O economista e pesquisador do Centro de Estuos Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Nery, concorda que a chamada 1nova classe C' irá imprimir mudanças no prfil dos eleitores no pleito de outubro. Segundo ele, os cidadãos que se enquadram nessa categoria já somam aproximadamente 50% da população e poderiam escolher sozinhos as eleições se votassem num único candidato.
'E uma classe poderosa, mas não é homogêna', ressalva o economista. Nery concorda que esses eleitores devem 'cobrar mais caro' por seus votos agora e tendem a ser menos vulneráveis à manipulação eleitoral. 'Quando as pessoas saem da condição de miserabilidade, mudam o horizonte delas', afirmou.

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